Câmeras




"A vida é como uma câmera. Foque no que é importante, capture bons momentos, desenvolva a vida a partir de negativos. E, se as coisas não derem certo, tire outra foto."


Bom, hoje recebi esta reflexão por mensagem de um amigo, li, reli e fiquei intrigada, então resolvi me expressar, pois me preocupo com tais pensamentos. Achei interessante, porém, não gostaria de pensar assim, pois hoje as câmeras na grande maioria, (salvo as profissionais e outras poucas) já não são mais de filmes ou seja, analógicas, são digitais. E as pessoas infelizmente ainda acham e agem como se a vida fosse como uma câmera, porém, hoje o maior problema é que são digitais e por tal facilidade excluem fotos demais, tudo é descartável, nada é pra durar, guardar,proteger.
Era tão ruim perder uma pose quando a câmera era analógica, de filme, ou seja, esses que tem negativos para revelar a foto, citado no pensamento a cima sugerindo que desenvolvamos nossa vida a partir deles. A gente se esforçava para que a foto ficasse boa, pois o resultado só seria visto futuramente, alguns, até muito tempo depois, então se não ficassem boas, não tinha mais remédio, a não ser, tirar vantagem nos pontos positivos e negativos para evitar fazer o mesmo da próxima vez, procurando acertar mais, ou simplesmente perder menos. Hoje já não é mais assim,as câmeras são digitais e as pessoas estão a todo instante fotografando tudo e todos, mas se as fotos não ficam boas, simplesmente ignoram, excluem e passam para a próxima. Por pior e limitados que fossem os filmes com de rolos de 12, 24, 36 poses, eram melhor que hoje, comparando com a vida, é claro, as pessoas se esforçavam mais para as coisas darem certo, relacionamentos, amizades, até objetos de uso eram mais cuidados. Hoje, não temos que nos preocupar com isso, não deu certo, apaga e faz outra e mais outra e mais outra, tudo é substituível, amores, amizades, coisas, nada tem mais valor, como disse o pensamento de origem; se não der certo, tira outra! Creio que não só eu, mas as pessoas da minha geração, que conheceu, viveu na era das câmeras analógicas, de filmes de rolo, tem saudade do tempo em que os bens eram mais valorizados, preservados, tinham mais consideração, quebrava, concertava, não ia direto comprar outra, magoou, pedia perdão e também perdoava, não passava para a próxima aventura.
Isso vale para bens, objetos, mas é direcionado especialmente à pessoas, relacionamentos!

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